Sete dados sobre a vida e a obra de são Tomás More

22 de jun de 2024 às 01:00

A Igreja celebra hoje (22) são Tomás More, advogado e escritor inglês que se destacou pela defesa do matrimônio na Igreja Católica contra o divórcio do rei Henrique VIII, que no século XVI fundou a Igreja da Inglaterra, separando-a de Roma.

São Tomás More trabalhou toda a sua vida como pai e político para que os cidadãos respeitassem a fé, a ética e a moral católicas. Ele costumava dizer que “o homem não pode ser separado de Deus, nem a política da moral”.

Em 31 de outubro de 2000, são João Paulo II declarou são Tomás More o padroeiro dos políticos e governantes.

“São Tomás More se distinguiu pela sua constante fidelidade à Autoridade e às instituições legítimas, porque pretendia servir nelas, não ao poder, mas ao ideal supremo da justiça. A sua vida ensina-nos que o governo é, primariamente, um exercício de virtude”, disse João Paulo II.

2. Foi um pai e marido exemplar

São Tomás More foi casado com Jane Colt, com quem teve quatro filhos: um homem e três mulheres. Após ficar viúvo, o santo casou-se pela segunda vez com Alice Middleton, que era viúva e tinha uma filha.

São João Paulo II disse que “diariamente, Tomás participava da missa na igreja paroquial,” e que “ao longo de toda a sua vida, foi um marido e pai afetuoso e fiel, cooperando intimamente na educação religiosa, moral e intelectual dos filhos”.

“A sua casa acolhia genros, noras e netos, e permanecia aberta a muitos jovens amigos que andavam à procura da verdade ou da própria vocação. Na vida de família dava-se largo espaço à oração comum e à lectio divina, e também a sadias formas de recreação doméstica”, acrescentou.

3. Defensor do matrimônio

São Tomás More destacou-se por defender com a vida a indissolubilidade do matrimônio, pois ocupando o cargo de chanceler de Henrique VIII, rei da Inglaterra, enfrentou a coroa ao se recusar a assinar a Ata de Sucessão e Supremacia.

Aqueles que assinavam este documento aceitavam a decisão do monarca de se separar da Igreja Católica para se divorciar da esposa e se casar novamente, e também o reconheciam como chefe supremo da Igreja Anglicana, substituindo o papa.

Como esta decisão ia contra a Igreja Católica e contra a natureza intrínseca do sacramento do matrimônio, o santo tentou dissuadi-lo, mas como não teve sucesso, renunciou a todos os seus cargos. Mais tarde, ele foi preso e condenado à morte.

4. Ele se destacou na literatura universal

São Tomás More, amigo de Erasmo de Roterdã e de Luis Vives, figuras ilustres da cultura renascentista, publicou em 1516 “Utopia”, uma crítica contundente às mazelas sociais de seu tempo.

A obra, essencial na história do pensamento ocidental por sua riqueza filosófica, política e teológica, chamou a atenção do monarca inglês Henrique VIII, que o convocou para fazer parte da administração pública.

5. Ele rezava a Deus para ter senso de humor

Entre os muitos de seus escritos, são Tomás More criou uma oração com a qual pedia bom ânimo a Deus.

“Dá-me, Senhor, senso de humor. Concedei-me a graça de compreender as brincadeiras, para que eu conheça um pouco da alegria da vida e possa comunicá-la aos outros”, rezava.

6. Ele escreveu obras na prisão

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Durante os 14 meses que passou na prisão, o santo fez vários escritos que, em suma, testemunham “a fidelidade do ser humano à sua consciência, à verdade e aos seus princípios”.

Além de suas cartas, uma “Instrução para Receber o Corpo de Cristo” e várias orações, o santo escreveu duas importantes obras: “Um diálogo da fortaleza contra a tribulação” e a obra inacabada “A Agonia de Cristo”.

7. Morreu como mártir

São Tomás More foi decapitado e morreu como mártir em 6 de julho de 1535, após se opor à ruptura com a Igreja Católica.

Na forca, antes de ser executado, o santo disse à multidão: “Morro como bom servidor do rei, mas primeiro como servidor de Deus”.

Em 19 de maio de 1935, o papa Pio XI canonizou são Tomás More e o bispo são João Fisher, que o apoiou em sua luta pela defesa da indissolubilidade do matrimônio e também morreu decapitado poucos dias antes dele. Sua festa litúrgica é celebrada todo dia 22 de junho, junto com são João Fisher.

Cynthia Pérez

Cynthia Pérez ha sido redactora en ACI Prensa desde enero de 2020. Reside en Lima (Perú). Posee el grado de bachiller en Ciencias y Artes de la Comunicación con mención en Comunicación para el Desarrollo por la Pontificia Universidad Católica del Perú (PUCP). En su carrera se ha dedicado a la creación de contenidos multimedia y al diseño y gestión de la comunicación en organizaciones y proyectos de impacto social. Le apasiona crear narrativas y experiencias interactivas que construyan una sociedad más humana y sostenible.

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